quinta-feira, 26 de novembro de 2015

DIRIGINDO NO ESCURO (2002) - WOODY ALLEN

Sou apaixonado pelo Woody, e eu amo quando ele aparece nos próprios filmes, seus personagens sempre são fracassados, que perderam um amor, etc. Nesse filme, o personagem principal, interpretado por ele mesmo, é um frustrado diretor de cinema que é convidado para dirigir um filme cuja produção executiva é de sua ex-mulher, casado por 10 anos, com o amante por quem foi abandonado. Tentando deixar o lado pessoal de lado e levando em consideração que esse trabalho seria ótimo para sua carreira, ele aceita ser o diretor.
Em determinado momento, por ter tantos problemas de saúde (imaginários, talvez), ele perde a visão. Seu médico lhe diz que foi por causa do stress, talvez pelo fato de estar trabalhando para sua ex-mulher por quem ainda é muito apaixonado. 
Mas ele decide continuar a dirigindo, mesmo cego, sem que ninguém descubra. Por fim, o filme é um fracasso americano, porém faz um sucesso na França. 

Woody Allen tem características marcantes, seu jeito de filmagem é tão gostoso de se assistir por me lembrar teatro, a câmera fica lá parada por um tempo, e a cena corre sem cortes. Seus personagens são incrivelmente encantadores, sempre fracassados, e há também a figura de uma mulher forte nos filmes. Nesse filme, percebe-se o quanto forte é sua ex-mulher, ela tem argumentos, postura, classe, não sofre o tanto como ele sofre.

Os diálogos são ótimos, um rico roteiro, um gênio esse diretor! Recomendaria para o público que gosta de analisar todo o conteúdo de um filme, sua partes mais ricas, como o roteiro por exemplo. 


quarta-feira, 18 de novembro de 2015

PÁSSARO..

Salão de Festas. Toda a multidão gritava as comemorações de um final de ano letivo extremamente longo e cheio de conquistas, os alunos choravam e se abraçavam , despedindo-se com o coração na mão. Carolina parou ao meio dela e procurou o olhar da pessoa mais especial de sua vida, o encontrou! Este também a procurava em meio ao movimento, e quando ela correu, parecia câmera lenta, e o sorriso de ambos aumentava... Ele abriu os braços como se fosse abraçar o mundo e se preparou para o melhor abraço que alguém poderia receber. Carolina pulou, pousando no colo daquele que queria ter como futuro. Parecia cena ensaiada, parecia uma dança ritmada com seus corpos grudados um no outro, ele a girou com todo o cuidado de um apaixonado e a voltou de novo ao chão... Seus olhos se encontraram outra vez, só que mais perto dessa vez, e esses olhos falaram tanto um para o outro que aconteceu um beijo,  o beijo que os dois esperaram por cinco anos para terem a honra de ter um ao outro por segundos apenas... Se despediram, Ele foi embora com a namorada e Carolina sozinha em meio ao salão... lembrando do que acabara de viver!

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

UMA OUTRA VEZ

Moreno que me apareceu uma outra vez,
tocava um timbre de saudade na corda velha do seu violão,
ao lado de um piano que cogitava entre ser felicidade ou ser quem nunca foi um dia.
Um dia de lembrança afogando-se no vinho do copo de amanhecer,
Para o relógio que parou no instante,
de um tic-tac imensamente irritante, que lembrava nostalgia com champanhe.
De um bar oposto do apartamento cheio de nada:
muitos copos;
muito álcool;
muita saudade do moreno que me apareceu uma outra vez!


Thiesley Nunes (02/11/2015)