CONCLUSÃO INACABÁVEL

Nas últimas linhas não escritas de um papel amassado pelas mãos machucadas de um jovem educado, havia toda uma verdade considerada por meios de ações involuntárias de um dia costumário tão solitário no momento que havia recebido seu salário, seriam palavras significativas enigmáticas com toda explicação necessária para compreender o pensamento suicida de um rapaz que vivia em perfeita harmonia com todos que estavam em sua frente. Pois então, haveria de cumprir a profecia que ele tanto lia na livraria por pura teimosia. Na melhoria do seu interminável dia, Maria lhe dava tudo o que podia na sinfonia das palavras, seus conceitos mais completos explicando imperturbavelmente cada linha. Pensando em uma forma de dar um desfecho, soube ao menos que ninguém procuraria nada que ligasse as coisas mais fluentes com esse papel em branco com rabiscos incoesíveis.

QUEM É VOCÊ , AFINAL?

Vamos tirar o seu nome,  o seu sobrenome...
Melhor: tiramos todos os nomes que existem, aqueles em que você fica escondido.
Tiramos os nomes das escolas, faculdades, empresas, deixamos sem nada,
os grandes nomes da sua família, o nome de seus contatos.
E, agora, tiramos os números. Aqueles que te definem em um desses lugares de nome.
Todas aquelas notas que você ganhou apenas por ser simpático demais ou rabugento demais...
Tiramos também os nomes escritos em suas roupas, em seus sapatos,
até em seus acessórios e perfumes...
Os nomes da sua casa, do seu carro, de suas terras, suas ações, podemos tirá-los também...
Pronto!
Agora , me responda... Quem é você ?
Você consegue se definir ? Você tem essa capacidade?

LOUCURA SEM IDADE!

Ele não teve medo de encarar seus monstros criados.em sua cabeça.
Era uma sinistra imaginação de um garoto de 15 anos. Só 15.
Ninguém com até o dobro de sua idade resistiria por tanto tempo,
foi tudo tão difícil ter que se controlar nas piores situações de delírio.
Alucinações tão reais invadindo sua mente adolescente.
Ele conseguia fazer as coisas que os jovens de sua idade faziam,
conseguia ser uma pessoa aparentemente normal.
Conseguia não mostrar o tamanho de sua loucura.
Aguentava à cada surto, a cada recaída.
Dores de cabeça eram frequentes,
assim como aqueles barulhos irritantes,
que ele não entendia o porquê de tal tortura.

Ele não teve medo dos seus medos.
Resistiu muito até chegar neste estado,
Sozinho... com 45 anos de idade.
Com uma doença incurável,
era tudo tão distante. Ele era...
Louco!