" [...] Ele olhou bem dentro dos meus olhos e percebeu o quanto eu precisava de sua ajuda. E assim, foi em vão, todas as tentativas de esconder tudo aquilo dele. Era final da nossa última aula, eu queria que batesse logo aquele sinal para eu fugir daquele garoto que me olhava com uma certa expressão, que não pude entender o que queria dizer.
Eu pensei depressa em qualquer coisa que eu poderia explicar para sair daquela situação embaraçosa, ao puxar o ar para começar a falar, ele me interrompeu:
- Eu já sabia!
Já sabia o quê? Que eu já estava apaixonada por ele? O quanto eu fingi que isso não era verdade? Talvez ele não tenha dito isso para me deixar ainda mais envergonhada. Não houve mais palavras. Ele sorriu e passou a mão nos meus cabelos, ameaçou me beijar, mas deu as costas e saiu, junto com o sinal que batia. Meio-dia.
Acordei. Na minha cama, percebi lágrimas nos meus olhos. Eu ainda ouvia "eu já sabia". Fiquei tão confusa e lembrei da última vez que nos vimos há dois meses atrás. Quando ele disse que me amava. Que saudades! Queria encontrá-lo outra vez e perguntar se ele existe. [...]"
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