Era fim da tarde, a
campainha tocou e, sem ao menos eu pensar em alguma maldade das pessoas, abri a
porta pensando em ser algum vendedor ou até mesmo o carteiro atrasado. Mas não
era ninguém que estava pensando, era a morte, de capuz preto, usando roupas velhas
e desbotadas e me apontando uma arma. Me fez de refém e pediu para me sentar no
sofá e ficar quietinha. Eu não sabia o que fazer, estava totalmente perdida, a
dois minutos atrás eu estava assistindo TV pensando no que mamãe iria me trazer
do mercado. Estava sozinha em casa, sentada naquele sofá, só queria que alguém
aparecesse lá e me ajudasse. O medo tomava conta de mim, eu só tinha que ficar
de boca fechada, eu só pensava em mamãe e papai. Estava nervosa, amanhã seria
meu décimo primeiro aniversário, eu observava a morte, colocando as coisas que
valem dinheiro em sua mochila, mas não tinha valor nenhum para mim naquele
momento. Quando ouvi o barulho da porta dos fundos sendo aberta por mamãe, dei
um grito pedindo socorro. A morte olhou
para mim, encostou a arma em meu peito. Ouvi um barulho bem forte! E sei que
todo aquele medo passou quando fechei meus olhinhos antes mesmo ver mamãe...
Deixei mamãe e papai comemorarem sozinhos meu aniversário , vou deixar saudades
, pois eles diziam que me amavam, acho que todos sentem saudades de quem ama.
Forte...
ResponderExcluir